O Ministério do Interior expressou profunda preocupação com o crescente número de casos de justiça por mãos próprias no país. O ministro Eugênio Laborinho, durante a abertura do Conselho Consultivo do Ministério do Interior na segunda-feira (15), condenou veementemente tais actos, alertando para as graves consequências da violência e reafirmando o compromisso do Estado em garantir a segurança pública.
Dados alarmantes:
Segundo dados do Ministério do Interior, os casos de justiça por mãos próprias vêm aumentando consideravelmente em Angola, ceifando vidas e gerando instabilidade social. O ministro Laborinho salientou que “o quadro destes casos constitui preocupação”, e que as mortes resultantes desses actos exigem uma resposta firme do Estado.
Factores por trás da violência:
As causas por trás do aumento da justiça por mãos próprias em Angola são complexas e multifacetadas. Entre os fatores que podem estar contribuindo para essa situação, podemos citar:
- Fraqueza do sistema judicial: A morosidade e a ineficiência do sistema judicial angolano podem levar as pessoas a tomar a lei em suas próprias mãos, buscando justiça imediata mesmo que de forma ilegal.
- Falta de confiança nas autoridades: A desconfiança nas instituições do Estado, como a polícia e o sistema judicial, pode levar as pessoas a acreditarem que a justiça só será feita se elas próprias tomarem medidas.
- Cultura da violência: A violência, infelizmente, ainda está enraizada em alguns segmentos da sociedade angolana, e a cultura da justiça por mãos próprias pode ser vista como uma forma aceitável de resolver conflitos.
Medidas para combater o problema:
O Ministério do Interior reconhece a necessidade de medidas urgentes para combater o problema da justiça por mãos próprias em Angola. Entre as medidas que estão sendo consideradas, podemos citar:
- Fortalecimento do sistema judicial: Investir na modernização do sistema judicial, na capacitação dos profissionais e na agilização dos processos pode ajudar a restaurar a confiança da população nas instituições e reduzir a busca por justiça por meios ilegais.
- Campanhas de conscientização: Promover campanhas de conscientização sobre os perigos da justiça por mãos próprias e a importância do respeito à lei é fundamental para mudar a mentalidade da população.
- Melhoria das condições de vida: Combater a pobreza, a desigualdade social e a exclusão social pode ajudar a reduzir os níveis de violência na sociedade e diminuir a propensão à justiça por mãos próprias.
Combater a justiça por mãos próprias em Angola é um desafio que exige o esforço conjunto do governo, da sociedade civil e de cada cidadão. É fundamental que todos se unam para promover a cultura da paz, do respeito à lei e da resolução pacífica de conflitos.