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Embaló apela ao diálogo entre Moscovo e Kiev

Mundo

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, apelou, esta terça-feira (25), ao diálogo entre a Rússia e a Ucrânia durante um encontro com o homólogo russo, Vladimir Putin, em Moscovo.

“As consequências da guerra entre dois povos irmãos  se fazem sentir em todo o mundo,  como, por exemplo a escassez  de cereais e fertilizantes nos mercados “, disse Sissoco Embaló ao Presidente russo,  a quem pediu pôr fim ao conflito na qualidade de líder da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Segundo a agência de notícias espanhola EFF, o  Chefe de Estado guineense pediu ao  homólogo russo que lhe dissesse o que pode fazer para “resolver o conflito”. “Vim aqui como um irmão e um amigo”, disse Embaló a Putin.

O líder do Kremlin, por seu turno, salientou as boas relações com a Guiné-Bissau e defendeu o crescimento dos laços bilaterais: “Há ainda muito a fazer para o desenvolvimento das relações económicas, comerciais e humanitárias”, observou Vladimir Putin.

Putin recordou que no próximo ano a Rússia e a Guiné-Bissau celebram o 55.º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas e que a chegada de Sissoco Embaló a Moscovo é a primeira visita de um Chefe de Estado deste país lusófono à Rússia.

Desde o início da campanha militar na Ucrânia, a Rússia tem dado prioridade às relações com África, cujos responsáveis têm estado entre os poucos líderes mundiais a visitar Moscovo nos últimos meses.

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, visitou vários países africanos no Verão, numa tentativa de procurar alternativas de cooperação com o Ocidente.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de Fevereiro deste ano, mergulhando a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Depois de ganhos iniciais das tropas russas, a Ucrânia recebeu ajuda em equipamento militar de aliados ocidentais, o que lhe permitiu iniciar, recentemente, uma contra-ofensiva.

A Ucrânia tem reivindicado ganhos territoriais em várias zonas do país, incluindo em regiões entretanto anexadas ilegalmente pela Rússia.

A 30 de Setembro, Moscovo oficializou a anexação de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, numa decisão não reconhecida por Kiev nem pela generalidade da comunidade internacional, isso depois de ter anexado, em 2014, a península ucraniana da Crimeia.

Desconhece-se o balanço de baixas civis e militares na guerra da Ucrânia, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que é consideravelmente elevado.

Ambas as partes têm anunciado quase diariamente sucessos das suas forças em combate, mas as informações não podem ser verificadas de imediato de forma independente.

  í”Ucrânia tem tudo para a reconstrução bem-sucedida”

“Ucrânia tem tudo para a reconstrução bem-sucedida”

A presidente da Comissão Europeia,  Ursula Von der Leyen, disse, ontem,  durante uma conferência  realizada em Berlim que a Ucrânia , tem “tudo o que é necessário para uma reconstrução bem-sucedida”.

Ursula Von der Leyen  apontou  algumas das qualidades do país, que foram primordiais para vencer a guerra como a “determinação”; uma sociedade civil vibrante, base económica impressionantemente e resiliente e muitos amigos ao redor do mundo”.

A conferência  foi realizada  por iniciativa da Comissão Europeia e da Presidência alemã do G7, em estreita coordenação com o Governo da Ucrânia.

O encontro reuniu especialistas, académicos e representantes de organizações internacionais, grupos de reflexão, o sector privado e da sociedade civil, que contribuíram para o debate em curso sobre a reconstrução da Ucrânia e formularam recomendações para o futuro.

Ursula von der Leyen anunciou, na semana passada, depois da reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, que a União Europeia (UE) vai financiar a Ucrânia, em 2023, com 18 mil milhões de euros para a reconstrução da Ucrânia .

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