A administração das Instituições do Ensino Superior (IES) públicas e privadas vão conhecer outro dinamismo, nos próximos tempos, depois das formações que os gestores desses estabelecimentos estão a beneficiar, desde ontem, em matéria de gestão e planeamento estratégico.
Na formação, que faz parte da 2ª Edição do Curso de Especialização em Gestão do Ensino Superior, os gestores de IES vão aperfeiçoar conhecimentos sobre gestão do ensino, planeamento estratégico, investigação científica e actividades de extensão.
No âmbito desse programa, segundo o representante da UNI.AO/Expertise France, em Angola, Osvaldo Varela, que falava na abertura do curso, até ao próximo ano, um total de 200 gestores de IES vão ser capacitados.
O responsável avançou que este curso visa contribuir para o aperfeiçoamento das competências de gestão e liderança das instituições e, consequentemente, a melhoria do Ensino Superior no país.
Trata-se de um programa de apoio ao Ensino Superior, financiado pela União Europeia, no valor de 13 milhões de euros, supervisionado pela UNI.AO, numa cooperação de cinco anos (2019- 2024), com o Executivo angolano.
Nesta segunda fase, o programa de formação abrange 113 gestores de dez províncias do país, dos quais 43 reitores, vice-reitores e directores-gerais de IES, 21 decanos de faculdades e 31 directores de departamentos, além de chefes de gabinetes.
Osvaldo Varela esclareceu que a formação dos gestores é implementada nos formatos B-Learning (semi-presencial) e está dividida em quatro turmas, das quais três em Luanda e uma no Lubango (província da Huíla).
Na primeira edição de 2021-2022, foram formados e certificados 89 especialistas de Luanda, Benguela, Cabinda, Cuanza-Sul, Lunda-Norte e Bengo, uma participação que representou 45 por cento de mulheres e 52% das IES de natureza pública, onde a taxa de sucesso foi de 88%.
Diversificação da economia
Irmã Maria de Assunção, reitora da Universidade Católica de Angola (UCAN), instituição que acolhe a formação, considerou que o curso de Especialização em Gestão do Ensino Superior pertence à primeira componente de um programa que constitui uma das actividades mais emblemáticas de formação.
Explicou tratar se de uma actividade, surgida a pedido do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), ao entender a necessidade da melhoria dos processos de gestão e, fundamentalmente, da qualidade do ensino, investigação, extensão.
A madre Maria de Assunção salientou que, com este ciclo de formação, pretende-se aumentar a diversificação da economia, apoiar a formação de quadros qualificados e a criação de empregos nos sectores prioritários do país.
Aposta na inovação
A representante do MESCTI, Guilhermina Ngola, considerou que o ministério de tutela apoia o programa de subsistema de Ensino Superior na produção do conhecimento e da inovação, com criação de novos cursos de pós-graduação e na capacitação em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país.
Guilhermina Ngola avançou que o ciclo de formação foi implementado pela UCAN, em parceria com a Universidade Aberta de Lisboa (UAB), com o apoio do programa UNI.AO e do MESCTI.
