Polícia em Benguela reforça acções para reduzir acidentes nas estradas

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Polícia Nacional em Benguela está a implementar uma série de medidas para a redução da sinistralidade rodoviária, disse, ontem, o delegado do Interior e comandante provincial.

O comissário Aristófanes dos Santos, em entrevista ao Jornal de Angola, reconheceu existir um crescente movimento rodoviário de motorizadas de duas e três rodas nas cidades de Benguela, Lobito e Catumbela, que estimulam a ocorrência de muitos acidentes.

Aristófanes dos Santos sublinhou que os moto-taxistas transportam pessoas em regime de aluguer, desenvolvendo a vida das comunidades. Mas, disse que a grande preocupação é o facto de muitos desses exercerem essa actividade sem conhecerem as normas do Código de Estrada, como os sinais de trânsito, fazendo  ultrapassagens irregulares, sem se importar com outros utentes do ambiente rodoviário.

Por isso, avançou que os efectivos do Trânsito vão participar no processo de formação, para habilitar os motoqueiros, no sentido de evitar acidentes, por meio de campanhas de educação rodoviária.

O delegado do Ministério do Interior explicou que, com base no plano de cada município, há necessidade da sinalização rodoviária e reposição de  sinais em certas artérias das cidades, devido à dinâmica do movimento rodoviário.

Aristófanes dos Santos explicou que, tendo em atenção a Estratégia Nacional de Prevenção e Segurança Rodoviária, aprovada pelos Decretos Presidenciais 169/19, de 21 de Maio, e 70/2021, de 16 de Março – Regulamento sobre as Medidas Redutoras de Velocidade e Acalmia de Tráfego, tem de se melhorar a rede viária para a prevenção e combate à sinistralidade.

O comandante provincial defendeu, ainda, o funcionamento dos semáforos nos cruzamentos para evitar acidentes.

Garantiu que a Polícia vai intensificar medidas operativas de regularização e fiscalização rodoviária, com o recurso ao uso de testes de alcoolemia, no sentido de desencorajar os automobilistas a beber no exercício da condução.

 Números da sinistralidade

Uma das situações que influenciou essa subida, reconheceu o comandante, é o facto da rede viária ser encarada como um verdadeiro local de liberdade de trânsito de veículos automóveis e motociclos, por altura da redução dos postos de regularização e fiscalização do trânsito dentro e fora das localidades.

Em função disso, um total de 79 cidadãos morreram nas estradas e 323 ficaram feridos, em consequência de 242 acidentes de viação, na província de Benguela, entre os meses de Julho e Setembro deste ano.

O comissário Aristófanes dos Santos, que fazia um balanço da sinistralidade rodoviária na província, explicou que, comparado com o penúltimo trimestre do ano passado, houve um aumento de mais dois acidentes, 18 mortos e 51 feridos.

O comandante provincial de Benguela sublinhou que se registaram 88 atropelamentos, que provocaram 19 mortes e 86 feridos. 

Quanto à natureza dos acidentes, Aristófanes dos Santos disse que houve a colisão entre veículos automóveis e motociclos, com 47 ocorrências. Desses acidentes resultaram nove óbitos e 62 feridos. Também ocorreram 27 despistes, seguido de capotamento, que provocaram 25 mortes e 65 feridos.

Os municípios com mais acidentes de viação são Lobito, com 61, Benguela (58) e Catumbela (34), ao passo que a Estrada Nacional nº 100, com 38 acidentes, 22 mortos e 46 feridos, seguida da Estrada Nacional nº 250, com 12 acidentes, 14 mortos e 30 feridos, são as que comandam as estatísticas da sinistralidade rodoviária.

Aristófanes dos Santos mencionou o excesso de velocidade, que causou 163 acidentes, 64 mortos e 239 feridos, como a principal causa das ocorrências, e as zonas urbanas (Benguela e Lobito) são as que mais tiveram registos. 

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